quarta-feira

Personagens (Parte 1)

Minha cidade, como tantas outras, têm figuras ímpares
Personagens que convivemos de forma tão banal
Que nos acostumamos

Os mais interessantes
São os tipos mais invisíveis
Tão rotineiros
Que quase não os vemos
Ou os percebemos em nossa vida!

A velhinha do semáforo
Que dança quando colocamos
Uma moeda em sua miserável caneca
Os homens que vendem incenso,
De bar em bar
Até a noite ter fim

Vivem disso.
Há anos e anos.

Recentemente descobri
Que o fotógrafo da polaroid
Mudou de ramo, e
Virou vendedor de churrasquinho de gato!
Alguém aí sabe me dizer,
Se foi pra melhor?


Me sinto por vezes insignificante
Por não me acordar
E lembrar
Que somos tantos e tão diferentes.
E vivemos o nosso mundinho
Por vezes tão pequeno

Sem dar-nos conta,
de que existe realmente
Uma sociedade muito maior
Que nossos problemas diários.
Essas querelas que povoam
com muito mais substância
nossas vidas.

Mas de vez em quando
É fundamental olhar pro lado,
nem que seja para interagir com bom humor,
Ou para diretamente participar
de um universo bem maior.

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